Apae-Rio promove iniciativas para reforçar importância do teste do pezinho

Graças ao pioneirismo do movimento apaeano, a implementação do teste do pezinho no Brasil, em 1976, representou o início de uma nova e próspera fase na saúde pública brasileira e, acima de tudo, na vida dos recém-nascidos e de suas famílias, prevenindo a deficiência e o número de mortes. Com o intuito de reforçar a causa e a importância do teste ao poder púbico e à sociedade civil, bem como expandir e fortalecer o trabalho realizado com expertise há 48 anos, a Apae do Rio de Janeiro está liderando as ações de comemoração do dia nacional do teste do pezinho entre as apaes, quando o país comemora o Dia Nacional do Teste do Pezinho, duas importantes ações: este evento em sua sede, na Tijuca, e uma iluminação especial no Palácio Guanabara e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Já a iluminação no Palácio Guanabara e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro na cor lilás, escolhida para ser a cor oficial do movimento por representar tranquilidade e transformação. Diante da iniciativa de promover a conscientização sobre o teste do pezinho, a administração responsável pelo monumento fará a iluminação gratuitamente.

Importante frisar que muitas famílias, sobretudo aquelas em situação de vulnerabilidade social com pessoas com deficiência intelectual, encontram na instituição o suporte necessário, seja para a realização do exame, seja para o atendimento especializado e adequado para o acolhimento e acompanhamento. Além disso, enfatizam que “o teste do pezinho não é somente um teste”.

O teste englobava seis doenças cobertas pelo Sistema Único de Saúde (SUS): fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. Com a sanção da Lei n° 14.154, de 26 de maio de 2021, que passou a vigorar recentemente, ampliou para 54 o número de doenças que podem ser rastreadas. Agora, o exame abrangerá 14 grupos de doenças.

O teste do pezinho é um direito, salva vidas, representa o futuro das crianças e famílias e desde de 2023 o Estado do Rio de Janeiro é o primeiro a posibilitar a triagem de 54 patologias. E nós, da Apae do Rio, estamos promovendo essas ações para reforçar ao poder público e à sociedade civil sobre a importância do teste e fortalecer o trabalho que realizamos, que, com certeza, é um divisor de águas, por transformar, de forma efetiva, a realidade de muitas famílias do Rio de Janeiro.

Pioneira

Fundada em 1954 e completando 70 anos em 2024, a Apae do Rio é a primeira Apae do Brasil e foi uma das primeiras unidades a realizar o teste do pezinho no país. Desde então, milhões de crianças já passaram pelo exame realizado pela instituição.

Nacionalmente conhecida e credenciada pelo Ministério da Saúde como Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN), a primeira Apae do Brasil responde aos 92 municípios fluminenses. Atualmente, o laboratório é composto por profissionais competentes, entre biólogos, bioquímicos, biomédicos, técnicos.

Além do Rio, as Apaes de Anápolis (GO), Araguaína (TO), Campo Grande (MS), Salvador (BA), São Luís (MA) e Vitória (ES) também fazem a triagem neonatal.

Teste do pezinho

Embora tenha chegado ao Brasil em 1976, o teste do pezinho foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) somente em 1992. Em 2001, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN).

O teste é realizado por meio da coleta de gotas de sangue no calcanhar dos recém-nascidos, preferencialmente entre o terceiro e o quinto dia de vida, e visa identificar doenças que, quando tratadas precocemente, propiciam o desenvolvimento físico e intelectual adequado às crianças, bem como evitar mortes.

Após a triagem, a equipe faz novos exames para confirmar o diagnóstico. As análises são vitais para o início precoce do tratamento. Caso o resultado dê alterado, ou seja, fora dos valores de referência, o recém-nascido é reconvocado para realizar exames confirmatórios por meio do serviço Busca Ativa, que entra em contato com as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para localizar a criança com suspeita de alguma patologia investigada e levá-la para a confirmação diagnóstica e introdução do tratamento dos casos confirmados, possibilitando a prevenção das possíveis complicações.

Além do laboratório e da Busca Ativa, a Apae- Rio conta com ambulatório, formado por equipe multidisciplinar, que fica responsável por tratamento, acompanhamento, orientação familiar e aconselhamento genético dos casos triados e com patologias confirmadas.

A partir de sexta feira dia 07/06 /2024 os responsáveis receberão via WhatsApp o link para pegar o resultado do seu bebê. Basta clicar e colocar o número filtro e data de nascimento.

Nos casos de nova coleta, receberão uma mensagem ao abrir link, solicitando o comparecimento na unidade de saúde, com isso acreditamos ajudar na diminuição do tempo de retorno das crianças suspeitas.

Na mensagem também estará um certificado de amor que a mamãe poderá imprimir e guardar como recordação desse ato de bravura de seus bebês.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), de janeiro a agosto de 2023, foram triadas 95.317 crianças pelo PTN-RJ. No período, 194 foram diagnosticadas com alguma das sete doenças rastreadas na primeira etapa do teste. Segundo a Superintendência de Atenção Primária à Saúde (SAPS), no escopo da secretaria, cerca de 75% dos bebês nascidos no estado são submetidos ao Teste do Pezinho no SUS.